Mulher morta pelo filho era 'apaixonada' por ele, diz sobrinha dela durante velório
19/11/2024
Marly Paes, de 63 anos, morreu no domingo. O velório ocorreu na igreja Batista da Coroa, em Campos, e o corpo foi enterrado nesta terça-feira (19). O filho dela, Raphael Paes Castro, de 34 anos, está preso. Marly está sendo velada na manhã desta terça em igreja de Campos, no RJ
Yuri Ramos/g1
O corpo de Marly Paes, de 63 anos, foi velado ao longo do dia e enterrado na tarde desta terça-feira (19) em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Ela morreu no domingo (17), e o filho, Raphael Paes Castro, de 34 anos, foi preso em flagrante suspeito do crime.
O crime ocorreu em um condomínio de luxo na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A polícia investiga a hipótese dele ter tido um surto psiquiátrico, já que fazia tratamento contra o transtorno de bipolaridade.
Filho é preso em flagrante pela morte da mãe em condomínio na Barra da Tijuca
Ele passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (19) e será representado, inicialmente, pela Defensoria Pública do Estado.
O corpo de Marly foi encontrado pelos vizinhos dentro do apartamento. De acordo com os moradores, a vítima ia comemorar o aniversário com um churrasco na mesma data.
Emocionados, familiares e amigos acompanharam o velório ao longo do dia na igreja Batista da Coroa, também em Campos. Viviane Lanunce é sobrinha da vítima e disse ao g1 que a família está sem entender o que aconteceu.
"A minha tia, Marly, ela era uma pessoa excepcional, super carinhosa, dedicada à família, dedicada a ajudar a pessoas que tinham algum tipo de necessidade, serva de Deus, servia a igreja Batista Atitude, que está nos dando maior apoio, apaixonada pelo filho e o filho apaixonado por ela. A gente está sem entender o que aconteceu", disse.
Viviane contou ainda que Raphael era filho único e que há uns 30 anos Marly foi para o Rio trabalhar, estudar inglês e estava aposentada.
Familiares e amigos estão na igreja Batista da Coroa para o velório
Yuri Ramos/g1
Amigos e vizinhos ficaram chocados
Raphael Paes Castro tinha recentemente se convertido à religião evangélica, seguia um tratamento contra o transtorno de bipolaridade há mais de cinco anos e tinha deixado de atuar como DJ.
Amigos e parentes ficaram chocados com a morte de Marly Paes. O crime foi tratado como algo surpreendente, sem nenhum indício anterior de agressões ou problemas entre mãe e filho, apesar de Raphael já ter tido surtos psicóticos anteriormente.
O g1 conversou com vizinhos e com uma prima de Raphael, que considera o homem como um irmão, e tinha a vítima como madrinha.
Raphael Paes Castro foi preso em flagrante pela morte da mãe
Reprodução
Fabiana Paes, de 30 anos, que foi até a Delegacia de Homicídios da Capital na manhã desta segunda-feira (18), disse que acredita que Raphael precisa ficar sob custódia em alguma ala psiquiátrica ou um local adequado para tomar a medicação que tem prescrita contra o transtorno de bipolaridade. Segundo ela, ele estava em surto quando matou a mãe.
A polícia investiga a hipótese de surto e vai pedir um exame para determinar o estado mental do homem.
"É muito chocante porque é algo que ninguém nunca imaginou, nunca deu um indício. As pessoas precisam entender que não foi o Raphael Castro que fez isso na sua sanidade mental. Ele está em surto psicótico, e precisa de tratamento. Quando ele retornar disso, e conseguir assimilar as coisas, eu não sei como que vai ser a vida dele", disse Fabiana.
Filho é preso em flagrante pela morte da mãe em condomínio na Barra da Tijuca
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